Carta de uma mãe - Texto 5 /Atividade 5

São os meus tesouros.

Nunca tive, na vida, bem mais precioso... vocês, meus ricos filhos.

Esta casa e todas as outras, os jardins, as joias, as empresas, ações, carros, aviões, viagens... todo o glamour... Nada, mesmo nada se compara à vossa preciosidade e lugar que ocupam no meu coração.

Nada, mesmo nada se compara ao que me fizeram sentir estes cinco anos.

Nada, mesmo nada se compara ao quanto me custa deixar-vos.

Abdicava de tudo, tudo, tudo o que conquistei, construi, dominei, só para vos ver crescer, só para estar presente, vos aconchegar, ensinar, amar... mas quer o destino que vos deixe...

Por isso escrevo desesperadamente, invadida por uma vontade imensa de poder escrever numas breves linhas o que as mães têm para dizer aos filhos uma vida inteira... Impossível! Estou a ficar sem forças...

Ao ver-vos assim tão inocentes, felizes, alheios ao mundo, só a usufruir das delícias dos vossos pequenos mundos, alegres, indefesos... sinto-me impotente.

Queria dizer-vos que fossem sempre amigos pois as guerras que existem no mundo só existem porque há pequenas guerras em cada casa.

Sejam solidários um com o outro e para com os outros, respeitem-se, percebam que as pessoas não são todas iguais mas que podemos aprender muito uns com os outros sem competições, sem maldade.

Saibam que a Verdade e o Amor são sempre o melhor caminho.

Nunca julguem ter razão sem ouvir primeiro o coração.

Sigam os vossos sonhos, procurem ânimo nas estrelas mas saibam que as respostas estão sempre dentro de nós.

Não procurem a felicidade nas ações que vos deixo, esse amontoado de papéis onde dizem estar a estabilidade mas que podem ser mais instáveis que um arranha-céus sem bons alicerces.

Que os vossos alicerces sejam os afetos e as boas ações que pratiqueis.

Estarei sempre a olhar por vocês. 

S. CH. 2017

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ATIVIDADE - Escreve uma carta! A ti próprio, a um ente querido, a alguém que partiu, a alguém a quem andas para dirigir algumas palavras e não tens coragem... Escreve! Não precisas de a enviar... Mas escreve e sente! Liberta-te! 

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