Quando chegaste fiquei estarrecida, embriagada de te ver. 

Meus olhos antes perdidos num qualquer horizonte logo se encheram de um brilho roubado das estrelas. 

Meu coração, se é que ainda o tenho, bombardeou raios de luz incandescentes com uma energia capaz de iluminar galáxias. 

Meu corpo... meu corpo parece que ainda o sinto, será isto possível? Arrepios, quentes, frios, tremores, palpitações, dormências... que saudade! Ai que saudade de tamanho sentir.

Desejo amar-te. Amo-te a ti e a tudo o que nos une e envolve dentro e fora de nós sem distinguir passado, presente ou futuro.

Não desejo sexo. Estranho! Aqui não se deseja o que se desejava e o que devíamos ter desejado não desejámos. Vida tão estúpida! Ai se soubéssemos!

Quando chegaste o tempo parou. Mas aqui o tempo não para nem anda e muito menos corre mas passados mil anos vejo-te chegar e parece que foi ontem que te vi meu corpo chorar.

Ainda te disse ao ouvido num som sem palavras "lá te espero!" e tu sentiste mas não ouviste e logo esqueceste e sem esperança choraste.

Agora que chegaste nesta dança de brilho, cor e paz vais lembrar-te.

Na dança das almas te reencontro mais uma vez alma gémea...

Bem-vinda ao Lar!                                                                                                              S.CH. 2017

ATIVIDADE - Como te vês na tua morte? Alguma vez pensaste nisso? Escreve sobre isso! Escreve à tua alma ou escreve o que gostarias que fosse lido sobre ti na tua eterna despedida! Escreve! Lê, relê e percebe o que sentes. Aproveita!  

------------------------

 Volta ao menu e volta a clicar em Blog para veres mais textos.